domingo, 16 de agosto de 2009

Amo-te até ao Eco dos ossos

domingo, 1 de fevereiro de 2009

caixa de pandora - "Meu Anjinho, guarda-me dentro de ti para sempre, esconde-me no teu mundo"

Ouvir o teu nome fere-me como asas pontiagudas a esvoaçar algures num mar dentro de mim
És uma estátua de mármore, grega, clássica e perfeita, com uma máscara de veludo negro.
Uma Fénix de Veludo, dizem...
Nos teus braços refugio-me como numa bolha de ar. Intocável.
És como um anjo. O meu anjo com asas de purpurina e luxúria.
O teu rosto perfeito e sem nome devolve-me o meu silêncio.
O grito cala-se. És subitamente o fundo do mar, com segredos que ninguém jamais ouviu.
És o silêncio acolhedor e as algas protectoras que serpenteiam ao longo do meu corpo.
És a máscara mais bonita do Baile onde desfilamos.
No teu rosto, a perfeição humana e a doçura da Solidão.
Nos olhos, a denúncia do abismo e do vazio, naufragados entre um mar azul-esverdeado, entre laivos de luz e peixes dourados.
Tens no corpo a exuberância e a denúncia de Eros e Afrodite.
Tens na pele tatuado o grito da Besta.
Tens no voo das mãos a dança de Medusa.
Nos lábios, o delírio de Dionísio e a nudez do pecado imaginário da ilucidez.
Nas linhas do corpo, os traços de Apolo ignorado pela divindade.
Na voz, o sossego da Morte.
A Fénix Renascida...